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Técnico do STJ fala sobre carreira e preparação para concursos
Paulo Fernandes, técnico administrativo do STJ, conta sobre sua aprovação no concurso e como é a carreira nos tribunais. Confira!
Estabilidade, plano de carreira e melhor qualidade de vida. Esses foram os motivos que levaram Paulo Fernandes, com formação em Administração, a ingressar no mundo dos concursos. Mais especificamente na área administrativa de tribunais.
A escolha por essa área se deu pela similaridade nas disciplinas que já tinha estudado na universidade. Ou seja, ele já tinha um conhecimento prévio do que seria cobrado nas avaliações de concursos.
“Enquanto eu estava na iniciativa privada, percebi algumas coisas que queria para minha vida, como desafios, crescimento de carreira e remuneração. Além de maior qualidade de vida e a estabilidade. Foi aí que os concursos surgiram como uma opção”, lembrou Paulo Fernandes.
Hoje, ele ocupa o cargo de técnico judiciário da área administrativa no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mas a trajetória até a aprovação foi de abdicações e restrições em prol da carreira pública.
No início, Paulo estudava e trabalhava ao mesmo tempo. Porém, ele colocou como objetivo juntar dinheiro para que pudesse se manter dois anos apenas estudando.
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área administrativa (Foto: Divulgação)
“Passei alguns meses crescendo uma poupança e quando ela me permitisse passar dois anos só estudando, eu pediria demissão. E foi o que fiz. Cerca de 11 meses comecei a ter aprovações. E com um ano e seis meses, eu obtive minha nomeação no cargo de técnico judiciário no STJ, onde estou até hoje”, contou o servidor federal.
Nascido na Paraíba, Paulo Fernandes realizou diversos concursos no estado e em regiões próximas. “Até que surgiu o STJ, no Distrito Federal, uma viagem mais longa e custosa, mas que estava dentro da carreira administrativa que eu tinha escolhido. Tinha a demanda de matérias que eu já vinha estudando”, explicou.
Servidor conta o segredo para aprovação em concursos
Para o técnico judiciário do STJ, o segredo para aprovação está em três pilares:
- Teoria;
- Resoluções de questões;
- Simulados.
“É preciso entender como a teoria é cobrada por cada banca. Além de realizar simulados que trazem um raio X completo da preparação”, detalhou Paulo.
Ele contou que trabalhava de forma constante esses três pilares. “Semanalmente, eu sempre via teoria, sempre fazia resoluções de questões e, pelo menos, um simulado”.
De acordo com ele, os concursos de tribunais exigem três grupos de disciplinas. O primeiro é o de matérias básicas a todos os órgãos, como Língua Portuguesa, Direito Administrativo, Direito Constitucional, Informática e Raciocínio lógico.
O segundo grupo é de disciplinas específicas do órgão que está concorrendo. “Na Justiça do Trabalho, por exemplo, há cobrança de Direito do Trabalho e Processual do Trabalho”.
Paulo também expôs que os concursos para área administrativa cobram disciplinas de Administração Geral, Administração Pública, Administração Financeiro-orçamentária. Há ainda o grupo de disciplinas ligadas ao órgão específico, com a cobrança dos regimentos internos.
“Para mim, as mais difíceis foram Português e Direito Administrativo. Não tinha uma base muito boa de Português desde o ensino médio. Também não tinha a habilidade de estudar disciplinas de Direito. Eu colocava sempre essas duas matérias como as primeiras que eu começava a ver todo mês, no ciclo de estudo”, relembrou.
Veja a entrevista na íntegra com o servidor do STJ:
Carreira administrativa prevê diferentes atribuições
Conforme Paulo Fernandes, a carreira administrativa nos tribunais é ampla.
“Apesar de o núcleo central ser as questões de Direito, há muito espaço para todo apoio administrativo. Dentro do órgão temos oportunidade de trabalhar com gestão de pessoas, parte financeira, parte de Informática, parte de licitações e aquisições, contratos, auditoria. Há uma infinidade de oportunidades”, explicou.
O servidor detalhou que, primeiro, os tribunais costumam perguntar ao servidor sua área de formação, cidade em que mora. De forma a tentar equilibrar as demandas do órgão com as do funcionário.
“Assim que eu cheguei, passei por uma entrevista interna, para eles me conhecerem e medirem as potencialidades. Logo depois passei por experiências nos setores de aquisição e compras, gestão de contratos de terceirização, escritório corporativo de projetos”.
Ele completou: “Entrar é o primeiro de outros diversos benefícios da carreira”.
Concurso TJ RJ deve ser retomado em breve
Um dos concursos de tribunais, com vagas na área administrativa, é o do TJ RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). O edital do concurso para área de apoio foi publicado em fevereiro de 2020.
No total, são 160 vagas imediatas disponíveis, sendo 85 são técnico judiciário, carreira de nível médio. As demais 75 oportunidades são para analista judiciário, que tem como exigência o nível superior em áreas específicas. As remunerações chegam a R$10 mil.
Em março, após o aumento de casos de Coronavírus no Estado, o tribunal suspendeu o concurso. Desde então, não foi informado um novo cronograma para o processo seletivo. O Cebraspe é a banca organizadora.
Com o avanço na vacinação e a diminuição dos casos de Covid-19 no estado, a tendência é que o concurso seja retomado em breve.
Com a expectativa do retorno da seleção, os candidatos devem turbinar a preparação para as provas. Você sabia que a Folha Dirigida também tem cursos preparatórios? A Folha Cursos traz videoaulas exclusivas, apostilas e questões comentadas para te ajudar no caminho até a posse.
Com a retomada do concurso, a estrutura de provas e as disciplinas serão mantidas. Todos os concorrentes serão avaliados por provas objetivas com 60 questões, sendo 20 de Conhecimentos Gerais e 40 de Conhecimentos Específicos.
Apenas os candidatos a analista judiciário também passarão por provas discursivas. A etapa consistirá na elaboração de um texto a respeito de temas relacionados aos conhecimentos específicos de cada especialidade.
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