Novo diretor da PF, Ramagem é delegado desde 2005 e já chefiou RH

O novo diretor-geral da Polícia Federal já foi definido e será o delegado Alexandre Ramagem. A escolha já era tida como certa, após especulações durante todo o final de semana e confirmações do próprio presidente Jair Bolsonaro.

A nomeação de Ramagem foi confirmada nesta terça-feira, 28, e publicada no Diário Oficial da União. Alexandre assumirá a direção da PF no lugar de Maurício Valeixo.

A sua nomeação o exonera do antigo cargo que ocupava no governo. Alexandre Ramagem era diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) - que ainda não tem um novo nome para o cargo.

Ramagem é delegado da classe especial da Polícia Federal e está na corporação desde 2005. Além disso, esteve à frente da equipe de segurança na campanha eleitoral do presidente, em 2018 logo após o atentado em Juiz de Fora-MG.

Alexandre é um nome de confiança do presidente e tem aproximação com toda a família. Em coletiva, Bolsonaro, falou da sua relação com o novo diretor-geral da PF:

"E eu confio, passei a acreditar no Ramagem, conversava muito com ele, trocava informações. Demonstrou ser uma pessoa da minha confiança, então a partir do momento que eu tenho uma chance de indicar alguém pra PF, por que não o indicaria?"

Ramagem já foi chefe de Recursos Humanos na PF

O diretor-geral da Polícia Federal já conhece a instituição e esse pode ser um ponto a seu favor para conduzir uma excelente gestão à frente da PF. 

Ramagem, também, já passou por setores estratégicos que refletem na contratação de pessoal e pode ser um divisor de águas na luta dos próximos concursos públicos. Afinal, ele entende e deverá enxergar a necessidade de repor o quadro de pessoal.

Alexandre Ramagem já comandou a Divisão de Administração de Recursos Humanos, em 2013 e 2014, além da Divisão de Estudos, Legislações e Pareceres, em 2016 e 2017.

O novo chefe da corporação também já assumiu a Coordenação de Recursos Humanos da PF, na condição de substituto, em 2018, antes de assumir a segurança do presidente.

Ele ainda atuou na coordenação de grandes eventos que aconteceram no Brasil, tais como a Conferência das Nações Unidas Rio+20 (2012), a Copa das Confederações (2013), a Copa do Mundo (2014) e a Olimpíada do Rio (2016).

Já em 2017, Alexandre Ramagem fez parte da equipe responsável pela investigação e Inteligência de polícia judiciária na Operação Lava Jato. O ex-diretor da Abin ainda coordenou o trabalho da PF junto ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro. 

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Concurso PF é esperado para as áreas policial e administrativa

Um novo concurso PF é aguardado e pode acontecer ainda em 2020, caso seja autorizado pelo Ministério da Economia. A corporação já confirmou que realizou dois pedidos ao governo, que somam mais de 800 vagas.

A demanda foi para as áreas policial (nível superior) e administrativa (níveis médio e superior). Em março, vazou um cronograma feito pela própria corporação e enviado ao Governo como sugestão para os próximos editais da área policial.

Esse cronograma prevê autorização em maio e a oferta em quatro cargos da área policial: escrivão, agente, delegado e papiloscopista.

Para a área administrativa, ainda não há previsão. Mas, há um déficit de pessoal e fica a expectativa para que também possa ser autorizado pelo governo.

Pedido de concurso PF 2020