Excedentes do concurso CGU estão entre as prioridades do governo

José Celso Cardoso Júnior, que é assessor especial da ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, falou sobre a chamada de mais aprovados do concurso CGU. Segundo ele, o aproveitamento dos excedentes é uma das prioridades do atual governo.

Inclusive, convocar mais aprovados seria uma medida a se cumprir antes mesmo da abertura de novos concursos federais.

“Esther já havia informado que, antes de cogitar a abertura de novos concursos, a prioridade seria pelo aproveitamento dos certames em aberto, como é o caso da CGU e da Abin, com o chamamento de 25% dessas carreiras”, disse Marques.

Vale lembrar que, em março, a Diretoria de Gestão Corporativa (DGC) da Controladoria-Geral da União enviou um pedido para poder chamar mais 93 aprovados do concurso CGU, contemplando ambos os cargos: técnicos e auditores.

O pedido foi reforçado pela Unacon Sindical e outras categorias, quando o assessor participou de uma agenda do Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate) na tarde da última segunda, 24.

Foi a própria Unacon que, em março, confirmou, em nota, uma reunião realizada que findou o envio do documento ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. O ofício foi assinado pelo ministro Vinícius Marques de Carvalho e pede a nomeação de 93 aprovados, sendo:

• 75 Auditores Federais de Finanças e Controle; e
• 18 Técnicos Federais de Finanças e Controle.

A solicitação da CGU foi feita com base em alguns fatores centrais, sendo eles:

► a situação atual da força de trabalho da CGU;
► as medidas adotadas para otimizar a utilização da força de trabalho;
► o retorno financeiro e social gerado pela CGU; e
► a adequação à nova Estrutura Organizacional.

Com a declaração do assessor especial, ao que tudo indica a CGU deve conseguir aval do governo para ampliar o seu quadro de servidores com mais convocações de aprovados.

Concurso CGU preencheu todas as vagas iniciais

A Controladoria-Geral da União ofertou 375 vagas e já recebeu uma autorização para o provimento de todas as oportunidades imediatas. As nomeações autorizadas pela Economia são equivalentes à oferta do edital de abertura, sendo:

• 300 postos de auditor federal de finanças e controle; e
• 75 postos de técnico federal de finanças e controle.

Presidente do Unacon Sindical, Bráulio Cerqueira enfatiza a necessidade da convocação de mais aprovados e diz que se dá por conta de vários fatores. Um deles é a quantidade de servidores que já cumprem os requisitos para aposentadoria.

“20% da força de trabalho da CGU está em abono permanência. E agora o governo tem aí uma boa oportunidade para, em parte, recompor o quadro de pessoal e fortalecer o órgão”, destacou Cerqueira.

Ainda segundo o presidente do sindicato, o quantitativo de servidores já empossados "foi insuficiente para recompor a força de trabalho do órgão, que atualmente opera com menos da metade da dotação legal."

Remunerações

Para o técnico de finanças e controle, de requisito de nível médio, a remuneração é de R$7.283,31, para carga de trabalho de 40 horas semanais.

Já o auditor federal de finanças e controle, carreira de nível superior em qualquer área, as remunerações iniciais são de R$19.655,06. A carga de trabalho também é de 40 horas semanais.

Os valores já incluem o auxílio-alimentação de R$458 para os servidores federais. Há reserva para pessoas com deficiência e negros. O prazo de validade do concurso será de dois anos, podendo chegar a quatro. Ao longo desse prazo, a CGU convocará os aprovados e poderá contratar os excedentes.