Concurso Caixa: estatal confirma estudos para novo edital

Após a presidente da estatal, Rita Serrano, afirmar que um novo concurso Caixa pode sair até o início de 2024, a estatal confirmou à Folha Dirigida por Qconcursos que os estudos para a nova seleção já foram iniciados.

Apesar de indicar os preparativos, a Caixa não informou mais detalhes acerca do concurso, como possíveis vagas e até empresas interessadas na organização da seleção.

"O banco informa, ainda, que estão sendo realizados estudos para abertura de novo concurso", disse a Caixa.

Vale destacar que a validade do concurso de 2014 chegou ao fim. O motivo se deve ao acordo feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Caixa Econômica Federal (CEF), por meio da Ação Civil Pública (ACP) nº 00059-10-2016-5-10-0006.

De acordo com o processo, a última seleção seria encerrada após a estatal convocar 800 aprovados. Outros pontos a serem considerados no acordo, para os próximos editais, são:

• que o concurso não seja somente para cadastro de reserva;
• e que o concurso seja somente para a real demanda (de vagas) do banco.

De acordo com Caixa, as 800 convocações exigidas no acordo já foram realizadas.

O concurso de 2014 ofereceu oportunidades para os seguintes cargos:

• técnico bancário (nível médio);
• médico do trabalho; e
• engenheiro (superior).

A seleção ficaria válida até 2016, mas o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal e do Tocantins (MPT DF/TO) ajuizou uma ação para que o banco prorrogasse por tempo indeterminado a validade da seleção a fim de ter mais tempo para convocar os aprovados.

O concurso registrou mais de 1 milhão de inscritos, e mais de 30 mil candidatos foram aprovados.

A estatal indica em seu portal institucional que mais de 19 mil aprovados foram convocados, sendo 16.480 da ampla concorrência e 2.979 PcDs. Das mais de 19 mil convocações, 12 mil foram admitidos.

No momento, os técnicos bancários da Caixa têm remuneração inicial de R$ 3.597. Além desse valor, o servidor ainda faz jus ao vale-transporte e benefícios como a participação nos lucros, plano de saúde, plano de previdência complementar, auxílio refeição e alimentação e auxílio creche.

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Caixa confirma estudos para novo edital

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Comissão de aprovados busca mais nomeações

A comissão de aprovados no concurso Caixa de 2014 tem buscado na esfera judicial mais convocações, além das 800 indicadas na ACP.

O grupo pede a nulidade de contratos de terceirizados e a convocação de mais 159 aprovados da última seleção.

A Caixa já foi citada e deverá, em um prazo de 15 dias, apesentar os documentos pertinentes ao esclarecimento, além de indicar as provas que pretende produzir para a sua defesa.

Com as 800 convocações indicadas no acordo feito com a Justiça do Trabalho, a Caixa entende pelo fim do prazo do concurso de 2014 para, em breve, lançar novo edital para o provimento do quadro funcional.

Convocação de 800 aprovados foi apoiada por sindicatos

De acordo com documento acessado pela Folha Dirigida por Qconcursos, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) apoiaram a convocação dos 800 aprovados.

O apoio das categorias gerou revolta por parte da comissão dos aprovados no concurso.

"Os aprovados estão revoltados. Consideram traição dos sindicatos, que se aliaram à Caixa e aceitaram um número irrisório de contratações. São nove anos sem concurso, redução de quadro, agências lotadas, preterição dos candidatos da ampla concorrência por um concurso exclusivo para PcD's, e os órgãos sindicais se aliando à empresa para encerrar o concurso", disse uma das integrantes da comissão de aprovados.

A Fenae explicou que uma das decisões que levaram ao acordo indicado na ACP foi a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que questionou as admissões (pós 2016) dos empregados por meio de ações judiciais trabalhistas, o que acarretaria demissões desses contratados.

A Fenae reconheceu a conquista do movimento pelas 800 convocações, no entanto, destacou que o número ainda é insuficiente para a recomposição do quadro de pessoal.

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